Maioria das organizações auditadas na primeira fase da análise da CGU apresentou falhas no uso da verba e na ausência de estrutura adequada Manoela AlcântaraGaltiery Rodrigues Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou irregularidades em Organizações Não Governamentais (ONGs) beneficiadas por emendas Pix. A maioria, de um grupo de 10 organizações avaliadas nessa primeira fase de … Leia Mais
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumprem, nesta terça-feira (5), 12 mandados de busca e apreensão em uma investigação sobre manipulação de apostas envolvendo jogos de futebol. Um dos alvos da operação Spot-fixing é o jogador do Flamengo Bruno Henrique.
Investigação da PF, feita a partir de uma comunicação feita pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), apura se o jogador levou um cartão amarelo, que depois evoluiu para cartão vermelho, durante uma partida pelo Campeonato Brasileiro no ano passado, para favorecer apostadores, entre eles seus parentes.
Os apostadores também estão sendo investigados pela PF. De acordo com relatórios da International Betting Integrity Association (IBIA) e Sportradar, que fazem análise de risco, haveria suspeitas de manipulação do mercado de cartões na partida.
Segundo a PF, os dados obtidos junto às casas de apostas apontaram que as apostas teriam sido efetuadas por parentes do jogador e por outro grupo ainda sob apuração.
Os mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Distrito Federal, estão sendo cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e de Belo Horizonte, Vespasiano, Lagoa Santa e Ribeirão das Neves, em Minas Gerais.
A assessoria de imprensa do jogador Bruno Henrique informou que, por enquanto, não emitirá nenhum pronunciamento. O Clube de Regatas Flamengo divulgou que o clube ainda está tomando ciência dos fatos.
Segundo a PF e o MPRJ, trata-se, em tese, de “crime contra a incerteza do resultado esportivo”, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de dois a seis anos de reclusão.
O Brasil ficará à frente da secretaria-geral da Interpol, a maior organização policial do mundo. Valdecy Urquiza, delegado da Polícia Federal (PF), foi eleito pela maioria dos 196 membros da Assembleia-Geral da Interpol para comandar a organização, em Glasgow, na Escócia. Urquiza é o primeiro representante de um país em desenvolvimento a ocupar esse posto nos 100 anos de existência da Interpol.
A eleição tinha sido realizada no âmbito do Comitê Executivo da Interpol, em Lyon, em junho de 2024 e foi ratificada nesta terça-feira (5), informou a PF. Atualmente, Urquiza é diretor de Cooperação Internacional da Polícia Federal e foi vice-presidente da Interpol para as Américas – de 2021-2024.
A secretaria-geral é o principal cargo executivo da organização e o mandato é de cinco anos. Urquiza assumirá o posto ao fim do mandato do atual secretário-geral, Jürgen Stock, da Alemanha, no dia 7 próximo. Ele será responsável por liderar a organização em seus esforços globais de combate ao crime transnacional e fortalecimento da cooperação policial internacional.
Prioridade
“A ratificação do delegado Urquiza reflete a alta prioridade atribuída pelo governo brasileiro ao combate ao crime organizado transnacional, que tem na cooperação internacional uma dimensão essencial. Representa, também, o reconhecimento, pela comunidade internacional, do profissionalismo e da competência da Polícia Federal brasileira no enfrentamento aos crimes, bem como de sua relevante contribuição ao trabalho da Interpol”, disse a PF, em comunicado.
Com 43 anos e nascido em São Luís (MA), Urquiza é formado em Direito pela Universidade de Fortaleza, com pós-graduações em Administração Pública pelo Ibmec e em Direito Ambiental pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Urquiza é também ex-aluno da Academia Nacional do FBI, em Quantico, Virgínia, Estados Unidos.
Na Polícia Federal, ele já ocupou a função de chefe da Divisão de Cooperação Jurídica Internacional da Polícia Federal do Brasil e Diretor-Assistente na Diretoria de Crimes Organizados e Emergentes na sede da Interpol, em Lyon, França.
O delegado liderou, ainda, o Escritório Central Nacional da Interpol, no Brasil; a Divisão de Cooperação Policial Internacional; a Divisão de Relações Internacionais e a Diretoria de Tecnologia da Informação da Polícia Federal.
Unidade da empresa já produziu mais de 215 milhões de inimigos naturais, reduzindo 90% da necessidade de controle de lagartas desfolhadoras
Foto: Acervo Bracell
A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, desenvolveu em sua biofábrica protocolos de alta eficiência para produção de inimigos naturais de lagartas desfolhadoras de eucalipto que podem causar grandes perdas econômicas, sendo consideradas como uma das principais pragas da cultura. A técnica de controle biológico desenvolvida pela empresa – que engloba estratégias de monitoramento, produção e dispersão dos agentes – permitiu reduzir em 90% as ocorrências de surtos de lagartas e a necessidade de pulverização de defensivos químicos.
“Além das vantagens ambientais, o uso do controle biológico de pragas tem se mostrado mais atrativo do ponto de vista de custo, permitindo manter o equilíbrio por mais tempo e reduzindo os surtos de pragas em nossos plantios”, destaca Leonardo Sarno, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento Florestal da Bracell.
Desde 2018, mais de 215 milhões de inimigos naturais já foram produzidos na biofábrica da Bracell, em Alagoinha (BA), sendo aproximadamente 83 milhões somente em 2023. Estes inimigos naturais foram liberados em uma área de 9,5 mil hectares de plantios, nas unidades florestais da empresa na Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
“Para se ter uma ideia, em 2018, quando a unidade da biofábrica iniciou sua produção e implantamos o controle biológico, ocorreu necessidade de controle de lagartas em aproximadamente 15 mil hectares. Em 2023, a área com surtos de lagartas reduziu 10 vezes. Até o momento, em 2024, em apenas 300 hectares houve necessidade de controle. Essa redução drástica nas ocorrências deste grupo de pragas trouxe vários impactos positivos, reduzindo os custos, a necessidade de controle emergencial, as perdas e, por consequência, os impactos ambientais”, salientou Reginaldo Mafia, gerente de Pesquisa em Manejo Florestal da Bracell.
Na biofábrica da Bracell são produzidas três espécies de inimigos naturais das pragas do eucalipto. O portfólio de produtos biológicos contempla uma espécie predadora de lagartas, denominada de Podisus nigrispinus, e as espécies Palmistichus elaeisis e Tetrastichus howardi, que são parasitoides. Enquanto a espécie predadora se alimenta diretamente das lagartas, os parasitoides utilizam as pupas das lagartas para a reprodução. Utilizando estes dois grupos de insetos é possível interromper o ciclo das lagartas, de forma efetiva.
“Os protocolos de produção de agentes de controle biológico desenvolvidos pela Bracell constituem um compilado técnico com diretrizes para multiplicação massal de insetos, baseado em informações da biologia e comportamento das espécies de interesse para o controle dos principais grupos de pragas da região. O documento é atualizado conforme os avanços científicos sobre o assunto. Nele, são descritas instruções detalhadas para o desenvolvimento das criações desde as condições ambientais, como temperatura, umidade e período de exposição luminosa, a composição da dieta e preparo da alimentação dos insetos, até o manuseio e as técnicas de reprodução, passando pela preparação dos insetos para a liberação em campo e a gestão das informações de produção”, informa Wagner Morais, pesquisador especialista no assunto.
Pioneirismo no setor florestal
A Bracell foi uma das pioneiras na instalação de biofábrica para produção de inimigos naturais de pragas. Ao longo dos últimos anos, investiu continuamente em pesquisa, desenvolvimento e no treinamento de uma equipe qualificada e totalmente dedicada para a biofábrica. A produção e o fornecimento destes agentes permitem controlar os focos iniciais de infestação de lagartas, em menor tempo possível. A celeridade desta ação é essencial para reduzir os riscos de dispersão e aumento da população das pragas. Além de produzir esses agentes para suas áreas de plantio, a Bracell mantém uma rede de cooperação com outras empresas do setor florestal, além de parceiros produtores de madeira.
Dispersão dos insetos
Para realizar a liberação dos agentes de controle biológico no campo, a empresa utiliza drones específicos, desenvolvidos em parceria com a empresa XFly, especialista nesse tipo de equipamento para uso agrícola. O modelo atual foi projetado para a dispersão de parasitoides, que são insetos de tamanho pequeno, permitindo a liberação de uma grande quantidade de indivíduos, de forma uniforme nas áreas de plantio.
“O uso do drone aumenta muito a eficiência da liberação, permitindo que uma área muito maior receba esses insetos em um curto espaço de tempo. Estudos iniciais demonstraram uma capacidade de liberação em até 100 hectares por hora, com um rendimento potencial diário de até 600 hectares”, salienta Morais.
Difusão do conhecimento
A difusão do conhecimento sobre as técnicas de produção de inimigos naturais é útil para as empresas do setor florestal, uma vez que fortalece as práticas de controle biológico, evitando a ocorrência frequente de surtos de pragas. Por conta disso, as informações sobre os protocolos desenvolvidos pela Bracell são constantemente compartilhadas com grupos de pesquisa, por meio de reuniões técnicas, publicação de artigos técnicos e científicos.
“Como se sabe, as pragas podem facilmente ser disseminadas de uma região para outras áreas. Portanto, é do interesse de todo o setor um manejo mais eficiente, independentemente da empresa florestal em que os surtos estejam presentes. Desta maneira, as ações de manejo integrado de pragas devem ser vistas como uma oportunidade de cooperação entre as empresas”, conclui Sarno.
A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com.
As sugestões para o Plano Municipal de Educação serão apresentadas durante os Seminários de Participação Democrática promovidos pelo Bracell Social e Icep
Comunidade escolar de Inhambupe/ Foto: Victor Fernandez/ ICEP / Bracell
Representantes das redes municipais de ensino nos municípios dos territórios do Agreste e Recôncavo Baiano apresentam aos gestores eleitos a sistematização das prioridades identificadas pela comunidade escolar para a política pública municipal de educação. As propostas foram elencadas pelos participantes, ao longo do ano, em diversas ações de mobilização sociopolítica, dentre elas os fóruns escolares, onde elencaram prioridades a partir da realidade das unidades escolares. As ações são desenvolvidas por meio do projeto Educação Continuada, realizado pelo Bracell Social em parceria técnica com o Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (Icep).
Os seminários serão realizados, entre outubro e novembro, nos municípios que integram o projeto Educação Continuada. Nesta quarta-feira, 23, o evento ocorreu em Inhambupe com profissionais da educação, comunidade escolar, familiares, estudantes e representantes de diversos setores da sociedade para apresentação do documento com as propostas. O próximo ocorrerá no dia 29, em Jandaíra.
“Os seminários são uma oportunidade de toda a comunidade escolar e os gestores públicos tomarem conhecimento das propostas para aprimorar a educação pública, com foco na melhoria dos indicadores para o desenvolvimento dos estudantes e para a formação continuada dos professores na área de influência da Bracell na Bahia”, salienta Cíntia Liberato de Mattos, gerente de Relações Institucionais e Responsabilidade Social da Bracell.
O documento apresentado reúne contribuições para a educação municipal, a partir das metas estabelecidas no Plano Municipal de Educação (PME), que está em seu último ano de implantação. Em 2025, um outro plano deverá ser construído. “Os novos gestores terão em mãos um verdadeiro plano de governo democrático e participativo, com propostas que representam o empenho e a contribuição de toda comunidade escolar, a partir de uma visão ampla e detalhada do cenário educacional”, acrescenta a diretora de Relações Institucionais do Icep, Fernanda Ramos.
O Plano Municipal de Educação (PME) é um documento que estabelece diretrizes, metas e estratégias para a educação no município ao longo de um período de 10 anos. Ele é alinhado com o Plano Nacional de Educação (PNE) e com o Plano Estadual de Educação (PEE), buscando atender às necessidades educacionais locais e garantir a qualidade do ensino, com base em princípios de equidade e inclusão. “Defendemos que o PME seja elaborado de forma participativa e que seja permanentemente monitorado pela população”, justifica o articulador da mobilização, Claudilson Sousa.
Sobre o Bracell Social
O Bracell Social é o braço de investimento social da Bracell, guiado por três pilares fundamentais: educação, empoderamento e bem-estar. A iniciativa visa contribuir para o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida nas comunidades onde a multinacional atua. Por meio de 23 iniciativas distribuídas nas três vertentes, a Bracell fortalece práticas educacionais e ambientais, conta com ações de capacitação, empreendedorismo e geração de renda, além de iniciativas de promoção à saúde, cidadania e cultura.
Entre janeiro e setembro de 2024 o Brasil teve 22,38 milhões de hectares queimados pelos focos de incêndio que avançaram por todo país, mostrou o MapBiomas, no Monitor do Fogo divulgado nesta sexta-feira (11). Apenas em setembro foram 10,65 milhões de hectares – quase metade de toda a área atingida nos oito meses anteriores.
O total equivale ao tamanho do estado de Roraima e é 150% maior que no mesmo período de 2023, quando o fogo atingiu 8,98 milhões de hectares. A vegetação nativa representa 73% da área queimada, principalmente formação florestal. Áreas de uso agropecuário também foram atingidas representando 20,5%.
Os estados Mato Grosso, Pará e Tocantins somaram mais da metade do território queimado e tiveram respectivamente 5,5 milhões, 4,6 milhões e 2,6 milhões de hectares atingidos pelo fogo. O município paraense de São Félix do Xingu foi o que mais queimou, seguido de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
Amazônia
Dentre os biomas brasileiros, a Amazônia foi a mais afetada e representou 51% do total do que o fogo alcançou nos nove primeiros meses do ano. Foram 11,3 milhões de hectares queimados no período.
De acordo com a diretora de ciências do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, que coordena o MapBiomas Fogo, a crise dos incêndios na região em 2024 foi agravada por uma seca mais severa decorrente da intensificação das mudanças climáticas.
“Isso se reflete nos números de setembro, onde metade da área queimada na região foi em formações florestais.”
A exemplo do que ocorreu em todo o país, o bioma amazônico queimou mais em setembro. Foram 5,5 milhões de hectares, dos quais 2,8 milhões eram de formação florestal. Entre as áreas em que o solo já havia sido convertido anteriormente pelo homem, as pastagens foram as mais afetadas pelo fogo, tendo 1,8 milhão de hectares queimados.
Cerrado
Em nove meses, o Cerrado teve 8,4 milhões de hectares consumidos pelo fogo, dos quais 4,3 milhões queimaram em setembro, maior área afetada nos últimos cinco anos, para o mesmo mês.
“Setembro marca o pico da seca no Cerrado e isso torna o impacto do fogo ainda mais severo. Com a vegetação extremamente seca e vulnerável, o fogo se espalha rapidamente, resultando inclusive na baixa qualidade do ar nas cidades próximas”, explica Vera Arruda, pesquisadora no Ipam e coordenadora técnica do Monitor do Fogo.
Pantanal
Na média dos últimos cinco anos, o Pantanal foi o bioma que observou maior aumento de área queimada nos nove primeiros meses do ano. O crescimento foi de 2.306% em 2024, na comparação com a média.
Foram1,5 milhão de hectares consumidos pelo fogo, dos quais 318 mil hectares foram atingidos no mês de setembro, quando 92% da área queimada foram de vegetação nativa.
Outros biomas
De todo o território afetado pelo fogo, a Mata Atlântica queimou 896 mil hectares, sendo a maioria, 71%, de área agropecuária. Já a Caatinga e os Pampas tiveram redução na área atingida por incêndios de janeiro a setembro de 2024, com respectivamente 151 mil hectares e 3,1 mil afetados.