Suspeitos de fraudarem empréstimos da Caixa são investigados pela PF

Grupo criminoso pode ter desviado mais de R$ 20 milhões Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil Brasília © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil Versão em áudio Quatro pessoas suspeitas de fraudar operações de crédito concedidas pela Caixa Econômica Federal à mais de uma centena de empresas foram presas, na manhã desta quarta-feira (6), pela Polícia Federal … Leia Mais


Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio acumulado em R$ 127 milhões

Sorteio será realizado às 20h, horário de Brasília, em São Paulo Agência Brasil Brasília © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/ARQUIVO Versão em áudio As seis dezenas do concurso 2.793 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo. O sorteio terá transmissão … Leia Mais



Delegado da PF é confirmado no comando da Interpol

Urquiza é diretor de Cooperação Internacional da Polícia Federal Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil São Luís © REUTERS/Edgar Su//File Photo Versão em áudio O Brasil ficará à frente da secretaria-geral da Interpol, a maior organização policial do mundo. Valdecy Urquiza, delegado da Polícia Federal (PF), foi eleito pela maioria dos 196 membros da … Leia Mais


Biofábrica da Bracell reduz impactos ambientais no manejo de pragas do eucalipto

Unidade da empresa já produziu mais de 215 milhões de inimigos naturais, reduzindo 90% da necessidade de controle de lagartas desfolhadoras Foto: Acervo Bracell A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, desenvolveu em sua biofábrica protocolos de alta eficiência para produção de inimigos naturais de lagartas desfolhadoras de eucalipto que podem causar grandes … Leia Mais


Representantes dos municípios do Agreste e Recôncavo Baiano apresentam propostas da comunidade escolar para a educação


As sugestões para o Plano Municipal de Educação serão apresentadas durante os Seminários de Participação Democrática promovidos pelo Bracell Social e Icep

 

Comunidade escolar de Inhambupe/ Foto: Victor Fernandez/ ICEP / Bracell 

Representantes das redes municipais de ensino nos municípios dos territórios do Agreste e Recôncavo Baiano apresentam aos gestores eleitos a sistematização das prioridades identificadas pela comunidade escolar para a política pública municipal de educação. As propostas foram elencadas pelos participantes, ao longo do ano, em diversas ações de mobilização sociopolítica, dentre elas os fóruns escolares, onde elencaram prioridades a partir da realidade das unidades escolares. As ações são desenvolvidas por meio do projeto Educação Continuada, realizado pelo Bracell Social em parceria técnica com o Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (Icep).

Os seminários serão realizados, entre outubro e novembro, nos municípios que integram o projeto Educação Continuada. Nesta quarta-feira, 23, o evento ocorreu em Inhambupe com profissionais da educação, comunidade escolar, familiares, estudantes e representantes de diversos setores da sociedade para apresentação do documento com as propostas. O próximo ocorrerá no dia 29, em Jandaíra.

“Os seminários são uma oportunidade de toda a comunidade escolar e os gestores públicos tomarem conhecimento das propostas para aprimorar a educação pública, com foco na melhoria dos indicadores para o desenvolvimento dos estudantes e para a formação continuada dos professores na área de influência da Bracell na Bahia”, salienta Cíntia Liberato de Mattos, gerente de Relações Institucionais e Responsabilidade Social da Bracell.

O documento apresentado reúne contribuições para a educação municipal, a partir das metas estabelecidas no Plano Municipal de Educação (PME), que está em seu último ano de implantação. Em 2025, um outro plano deverá ser construído. “Os novos gestores terão em mãos um verdadeiro plano de governo democrático e participativo, com propostas que representam o empenho e a contribuição de toda comunidade escolar, a partir de uma visão ampla e detalhada do cenário educacional”, acrescenta a diretora de Relações Institucionais do Icep, Fernanda Ramos.

O Plano Municipal de Educação (PME) é um documento que estabelece diretrizes, metas e estratégias para a educação no município ao longo de um período de 10 anos. Ele é alinhado com o Plano Nacional de Educação (PNE) e com o Plano Estadual de Educação (PEE), buscando atender às necessidades educacionais locais e garantir a qualidade do ensino, com base em princípios de equidade e inclusão. “Defendemos que o PME seja elaborado de forma participativa e que seja permanentemente monitorado pela população”, justifica o articulador da mobilização, Claudilson Sousa.

Sobre o Bracell Social

 

O Bracell Social é o braço de investimento social da Bracell, guiado por três pilares fundamentais: educação, empoderamento e bem-estar. A iniciativa visa contribuir para o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida nas comunidades onde a multinacional atua. Por meio de 23 iniciativas distribuídas nas três vertentes, a Bracell fortalece práticas educacionais e ambientais, conta com ações de capacitação, empreendedorismo e geração de renda, além de iniciativas de promoção à saúde, cidadania e cultura.


Brasil tem 22,38 milhões de hectares atingidos pelo fogo em nove meses


Fabíola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil

Publicado em 11/10/2024 – 09:39
Brasília
Brasília (DF), 16/09/2024 - Grandes focos de incêndio atingem áreas do Parque Nacional de Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Entre janeiro e setembro de 2024 o Brasil teve 22,38 milhões de hectares queimados pelos focos de incêndio que avançaram por todo país, mostrou o MapBiomas, no Monitor do Fogo divulgado nesta sexta-feira (11). Apenas em setembro foram 10,65 milhões de hectares – quase metade de toda a área atingida nos oito meses anteriores.

O total equivale ao tamanho do estado de Roraima e é 150% maior que no mesmo período de 2023, quando o fogo atingiu 8,98 milhões de hectares. A vegetação nativa representa 73% da área queimada, principalmente formação florestal. Áreas de uso agropecuário também foram atingidas representando 20,5%.

Os estados Mato Grosso, Pará e Tocantins somaram mais da metade do território queimado e tiveram respectivamente 5,5 milhões, 4,6 milhões e 2,6 milhões de hectares atingidos pelo fogo. O município paraense de São Félix do Xingu foi o que mais queimou, seguido de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.

Amazônia

Dentre os biomas brasileiros, a Amazônia foi a mais afetada e representou 51% do total do que o fogo alcançou nos nove primeiros meses do ano. Foram 11,3 milhões de hectares queimados no período.

De acordo com a diretora de ciências do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, que coordena o MapBiomas Fogo, a crise dos incêndios na região em 2024 foi agravada por uma seca mais severa decorrente da intensificação das mudanças climáticas.

“Isso se reflete nos números de setembro, onde metade da área queimada na região foi em formações florestais.”

A exemplo do que ocorreu em todo o país, o bioma amazônico queimou mais em setembro. Foram 5,5 milhões de hectares, dos quais 2,8 milhões eram de formação florestal. Entre as áreas em que o solo já havia sido convertido anteriormente pelo homem, as pastagens foram as mais afetadas pelo fogo, tendo 1,8 milhão de hectares queimados.

Cerrado

Em nove meses, o Cerrado teve 8,4 milhões de hectares consumidos pelo fogo, dos quais 4,3 milhões queimaram em setembro, maior área afetada nos últimos cinco anos, para o mesmo mês.

“Setembro marca o pico da seca no Cerrado e isso torna o impacto do fogo ainda mais severo. Com a vegetação extremamente seca e vulnerável, o fogo se espalha rapidamente, resultando inclusive na baixa qualidade do ar nas cidades próximas”, explica Vera Arruda, pesquisadora no Ipam e coordenadora técnica do Monitor do Fogo.

Pantanal

Na média dos últimos cinco anos, o Pantanal foi o bioma que observou maior aumento de área queimada nos nove primeiros meses do ano. O crescimento foi de 2.306% em 2024, na comparação com a média.

Foram1,5 milhão de hectares consumidos pelo fogo, dos quais 318 mil hectares foram atingidos no mês de setembro, quando 92% da área queimada foram de vegetação nativa.

Outros biomas

De todo o território afetado pelo fogo, a Mata Atlântica queimou 896 mil hectares, sendo a maioria, 71%, de área agropecuária. Já a Caatinga e os Pampas tiveram redução na área atingida por incêndios de janeiro a setembro de 2024, com respectivamente 151 mil hectares e 3,1 mil afetados.

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PF ouvirá mulher que diz ter sido assediada por ex-ministro


Defesa de Silvio Almeida diz desconhecer detalhes das denúncias

Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil – Brasília

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A Polícia Federal (PF) pretende ouvir, ainda nesta terça-feira (10), uma das mulheres que, segundo a organização de apoio a vítimas de violência sexual Me Too, afirma ter sido assediada sexualmente pelo ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania Silvio Almeida.

O caso corre em segredo de Justiça e, como de costume em ocorrências envolvendo denúncias de violência sexual, o nome da mulher e o local do depoimento não foram informados, medida adotada para preservar a identidade da depoente.

Polícia Federal deu início a uma investigação preliminar na sexta-feira (6), um dia após o portal de notícias Metrópoles noticiar que um grupo de mulheres procurou a Me Too para denunciar o então ministro por assédio sexual. De acordo com o site, entre as vítimas de Silvio Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Poucas horas após o assunto vir a público, a Me Too divulgou uma nota em que afirma que as denunciantes a procuraram e autorizaram a confirmação do caso à imprensa porque “como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para a validação de suas denúncias”.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

Na sexta-feira, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, demitiu Silvio Almeida, “considerando a natureza das acusações” e por julgar “insustentável a manutenção do ministro no cargo”.

Nesta segunda-feira (9), o presidente nomeou a deputada estadual mineira pelo PT Macaé Evaristo para assumir o comando do ministério.

Advogado, professor universitário e por muitos considerado referência no debate sobre as relações raciais e o racismo na estruturação nacional, Silvio Almeida nega as acusações. Em uma primeira nota divulgada na noite de quinta-feira (5), o ainda ministro chegou a se referir às acusações como “mentiras” e “ilações absurdas”, alegando que lhes faltava materialidade, ou seja, indícios objetivos da existência de crime.

Na manhã desta terça-feira, Thiago Turbay, um dos advogados do ex-ministro, disse à Agência Brasil que passados seis dias a defesa ainda não teve acesso integral às acusações. Já na sexta-feira, a defesa do ex-ministro acionou a Justiça Federal para obter explicações da organização Me Too. À Agência Brasil, a organização informou que ainda não foi notificada da interpelação judicial.

“O objetivo é única e exclusivamente pedir esclarecimento dos fatos que, até agora, não foram revelados nem ao Silvio [Almeida], nem à defesa, nem à sociedade brasileira”, disse o advogado Thiago Turbay, destacando que a iniciativa não visa a constranger qualquer uma das eventuais vítimas.

“Não estamos interpelando a nenhuma das vítimas. Sequer perguntamos seus nomes. O que queremos saber é quais os critérios de averiguação [das denúncias] foram utilizados pela ONG, já que a assistência jurídica implica em algum grau de apuração. É preciso checar se a denúncia tem elementos de corroboração, validade, coerência. Daí porque queremos saber detalhes de como a organização agiu neste caso específico. Como ela foi acionada, como armazenou e registrou os depoimentos, se preserva a identidade das vítimas. Enfim, o que a defesa quer saber é quais os protocolos utilizados. Isso nos interessa para nos certificarmos que um eventual processo não será contaminado por vieses ou interesses”, explicou o advogado, admitindo que, em um caso como esse, a defesa é prejudicada por decisões tomadas na esfera política, como a demissão antes de que os fatos sejam esclarecidos.

“Entendo a equação política e que cabe [aos agentes políticos] avaliarem o dano que um fato [como esse] pode causar. Entendo e respeito, da mesma forma que o Silvio me disse que a decisão [sobre seu destino] cabia ao presidente [Lula], mas isso [a demissão] efetivamente prejudica a defesa, porque alimenta, na opinião pública, uma crença na culpa [do acusado] sem que nem mesmo os fatos tenham sido revelados e esclarecidos. O Silvio, por exemplo, está sendo condenado antes mesmo [da defesa] tomar conhecimento [de quem são as] vítimas”, concluiu o advogado.

Em duas notas já divulgadas sobre o caso, a Me Too argumentou que Silvio Almeida e sua equipe tentam “desviar o foco da grave denúncia”, buscando desqualificar a atuação da organização.

“O Me Too Brasil é uma organização que atua diretamente no acolhimento de vítimas de violência sexual, prestando apoio psicológico, jurídico e de assistência social, bem como trabalha em campanhas de conscientização, incidência legislativa, advocacy e litigância estratégica, entre outras ações voltadas à defesa dos direitos de mulheres, crianças e adolescentes”, disse a organização.

“Vítimas de violência sexual, especialmente quando os agressores são figuras poderosas ou influentes, frequentemente enfrentam obstáculos para obter apoio e ter suas vozes ouvidas. Devido a isso, o Me Too Brasil desempenha um papel crucial ao oferecer suporte incondicional às vítimas, mesmo que isso envolva enfrentar grandes forças e influências associadas ao poder do acusado”, acrescentou a entidade, garantindo que atendeu as autoras dos relatos de assédio sexual por meio dos canais de atendimento da organização, oferecendo a elas acolhimento psicológico e jurídico.

“A denúncia é o primeiro passo para responsabilizar judicialmente um agressor, demonstrando que ninguém está acima da lei, independentemente de sua posição social, econômica ou política”, afirma a Me Too Brasil.

Edição: Fernando Fraga



Ypê é condenada por pedir que funcionários votassem em Bolsonaro


Empresa teve recurso negado em segunda instância referente ao caso de 2022 e está sujeita a multa de R$ 100 mil

Divulgação/Ypê
Foto mostra detergentes ypê enfileirados

Uma palestra para funcionários em 2022 levou à condenação da Química Amparo LTDA., dona da marca Ypê, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), que fica em Campinas (SP). O motivo: assédio eleitoral.

A palestra foi on-line e transmitida em uma live. O objetivo era persuadir os funcionários a votarem no ex-presidente Jair Bolsonaro, que tentava a reeleição. Com a decisão judicial, foi determinado que a empresa não faça propaganda eleitoral para nenhum candidato, independente do cargo a que ele concorra.

A empresa pode ser penalizada em até R$ 100 mil de multa caso descumpra a decisão da Justiça, que ainda cabe recurso. O caso foi julgado na 9ª Câmara do TRT-15 e decidido por unanimidade.

A fábrica afirmou que não costuma comentar decisões judiciais, mas adiantou que vai recorrer. “A empresa é uma companhia 100% brasileira, apartidária, e que segue acreditando e investindo no país há mais de 70 anos”, afirmou ao G1.

A ação foi de autoria do Ministério Público do Trabalho (MPT). Na transmissão via internet, feita no primeiro dia de propaganda para o segundo turno das eleições, o MPT relatou que, apesar do conteúdo aparentemente informativo, o palestrante apontou diversos números, sugerindo que era necessário manter o governo Bolsonaro como “melhor opção para o país”.

No processo, a empresa negou a intenção de favorecer um dos candidatos.

A decisão da Câmara do TRT-15 foi a segunda em que a fabricante de produtos de limpeza perdeu. Agora ela pode recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) e, em caso de derrota, ao Supremo Tribunal Federal (STF).