Policial federal preso na 2ª fase da Overcelan, Rogério Magno foi superintendente de Inteligência na SSP no governo de Rui Costa


Por Redação

Foto: Divulgação / PM-BA

O policial federal preso na Operação Overclean, que deteve quatro pessoas nesta segunda-feira (23), trata-se de Rogério Magno de Almeida Medeiros, ex-superintendente de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) nos governos de Jaques Wagner e Rui Costa (PT).

 

Na época em que atuava como superintendente da SSP na Bahia, o policial foi exonerado após ter sido citado nas 6ª e 7ª fases da Operação Faroeste, deflagradas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em 14 de dezembro de 2020, que culminaram no afastamento do ex-secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, do cargo.

 

De acordo com a apuração da Overclean, as investigações indicam que o grupo que tem sido investigado na operação contava com uma célula de apoio informacional, composta por policiais, que tinha a função de repassar informações sensíveis à organização criminosa, incluindo a identificação de agentes federais envolvidos em diligências sigilosas.

 

Nos documentos analisados pelo Bahia Notícias, o policial é sinalizado como MAG em uma planilha que indica que ele recebia R$ 6 mil mensais para “serviços de dedetização”. No entanto, os encontros com Alex Rezende eram para receber pagamentos referente às informações sigilosas envolvendo agentes federais. O ex-superintendente de Rui Costa passou a ser investigado devido ao contato frequente com Rezende, o que levantou suspeita sobre a participação dele nos crimes.

 

Nesta segunda foram presos um operador do grupo apontado como Carlos André, o vice-prefeito de Lauro de Freitas, Vidigal Cafezeiro Neto; além do secretário de mobilidade de Lauro de Freitas e ex-chefe de gabinete da prefeitura de Vitória da Conquista, no Sudoeste, Lucas Dias; além do policial.

 

De acordo com a Polícia Federal (PF), ainda são cumpridos dez mandados de busca e apreensão, uma ordem de afastamento cautelar de um servidor público de suas funções, além de medidas de sequestro de bens da ordem de quase R$ 4,7 milhões, valor obtido pela organização criminosa, e diversos veículos de luxo.

 

Os mandados são cumpridos no Centro Administrativo do município, além de endereços em Vilas do Atlântico e no condomínio de Alphaville, em Salvador. Até o momento não foi informado quem são os alvos dos mandados de prisão.

 

Na sede da prefeitura de Lauro de Freitas, policiais federais apreenderam dispositivos eletrônicos como parte das ações.

SOBRE A OPERAÇÃO OVERCLAN

A operação Overclean, feita em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) na Bahia, tem objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Além das cidades baianas, estão sendo cumpridos mandados em Brasília (DF). Conforme as investigações, a organização criminosa é suspeita de movimentar cerca de R$ 1,4 bilhão provenientes de contratos fraudulentos e de obras superfaturadas. Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça. 

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