Jerônimo Rodrigues destacou o protagonismo do estado na transição energética e nos debates globais sobre sustentabilidade
Foto: Divulgação/Reprodução
Por Henrique Brinco
Durante a COP30, realizada nesta semana em Belém (PA), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), destacou o protagonismo do estado na transição energética e nos debates globais sobre sustentabilidade. Em entrevista para a rádio Metrópole FM ontem, o gestor afirmou que o evento simboliza coragem política e reforçou a posição de liderança do Brasil no cenário ambiental.
“A Bahia e o Brasil não ficam de joelhos nesse debate. Nós não devemos favor a nenhum país. Fazemos o nosso dever de casa. Hoje, 98% da energia que a Bahia consome é renovável, e em poucos anos ninguém vai segurar esse avanço”, disse Jerônimo, ao comentar o papel do estado nos esforços de descarbonização e na promoção da justiça climática.
O governador ressaltou que a COP30 representa o reconhecimento da importância do Norte e do Nordeste na agenda climática. Ele lembrou que a Bahia vem atraindo indústrias de carros elétricos e expandindo sua matriz de energia limpa. “A transição energética precisa ser justa e incluir os mais pobres, que não podem pagar novamente a conta da desigualdade”, afirmou. Segundo Jerônimo, o estado apresentou em Belém um portfólio de projetos concretos, como o Hospital do Câncer de Feira de Santana, novos aeroportos e obras de abastecimento, integrando desenvolvimento humano e sustentabilidade.
Eleições 2026 – Na mesma entrevista, o governador reconheceu que a disputa eleitoral de 2026 já começou, mas defendeu que temas como segurança pública e combate à fome não devem ser contaminados por disputas políticas. “É natural que as pessoas se preparem para as próximas eleições. O que não fica bem é quando se mistura as coisas. Fazer política é legítimo, mas não podemos deixar um motorista de táxi ou de Uber inseguro porque já estamos pensando em 2026”, pontuou.
Jerônimo também criticou governadores e prefeitos de oposição ao presidente Lula que tentam barrar propostas do governo federal para a área da segurança. “Uma coisa é fazer oposição, outra é não querer sentar junto. O problema da segurança não é de um estado ou de um prefeito. É preciso construir soluções conjuntas com o Governo Federal e o Congresso”, afirmou.
O governador destacou ainda a parceria com o prefeito de Salvador, Bruno Reis, na elaboração do Plano Municipal de Segurança Pública. “O prefeito nos convidou a participar do debate, e nossas equipes se reuniram. Ele contratou uma empresa para elaborar o plano, e nós contribuímos com nossa experiência. É assim que se faz política pública: com diálogo e cooperação”, concluiu Jerônimo.
















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