Inflação sobe 0,39% em novembro puxada pela alimentação. Carne é vilã

O IBGE afirma que menor oferta de animais para abate e alta de exportações reduziram a oferta das carnes em novembro. Preços subiram 8% Mariana Andrade Getty Images O aumento dos preços das carnes (8,02%) foi o “grande vilão” da inflação em novembro, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados … Leia Mais


Ministério do Trabalho criará plataforma para atendimento ao cidadão

Projeto piloto tem início quarta-feira no Rio de Janeiro Agência Brasil Rio de Janeiro © Marcello Casal JrAgência Brasil Versão em áudio O Ministério do Trabalho e Emprego vai disponibilizar, no primeiro semestre de 2025, a plataforma unificada de atendimento (Una), que tem a finalidade de facilitar o acesso aos serviços prestados pelas superintendências, gerências … Leia Mais


Caixa começa a pagar Bolsa Família de dezembro

Pagamento no Rio Grande do Sul é unificado Agência Brasil Brasília © Lyon Santos/ MDS Versão em áudio A Caixa Econômica Federal começa a pagar a parcela de dezembro do novo Bolsa Família nesta terça-feira (10) aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1. Os beneficiários do Rio Grande do Sul recebem … Leia Mais


Receita paga nesta sexta lote da malha fina do Imposto de Renda

Cerca de 220 mil contribuintes receberão R$ 558,8 milhões Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Brasília © Marcello Casal JrAgência Brasil Versão em áudio Cerca de 220 mil contribuintes que caíram na malha fina e regularizaram as pendências vão receber dinheiro do Fisco. Ao longo desta sexta-feira (29), a Receita Federal paga o lote … Leia Mais


Caixa conclui pagamento da parcela do Bolsa Família de novembro

Recebem nesta sexta beneficiários com NIS de final 0 Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Brasília © Lyon Santos/ MDS Versão em áudio A Caixa Econômica Federal conclui o pagamento da parcela de novembro do Bolsa Família. Recebem nesta sexta-feira (29) os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 0. O valor … Leia Mais


Banco Central amplia exigências para instituições participarem do Pix


Segundo o BC, há 867 instituições ativas e 80 em processo de adesão

© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
Brasília
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A partir de 1º de janeiro de 2025, apenas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central (BC) poderão solicitar adesão ao Pix, o sistema instantâneo de pagamentos operado pela autoridade monetária. As novas medidas, anunciadas nesta segunda-feira (11), pelo BC, constam na Resolução nº 429. Publicada hoje, ela ajusta as regras de participação do Pix para, segundo o BC, “garantir que o serviço continue sendo prestado de forma segura, inclusiva e transparente para a população”.

Banco autoriza, regula e supervisiona instituições financeiras para garantir a estabilidade e o funcionamento adequado do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Essa autorização tem como base o valor das movimentações financeiras de cada empresa. Nesse sentido, algumas delas não estão sujeitas à autorização pelo BC, mas puderam aderir ao Pix.

De acordo com o BC, há 867 instituições ativas no Pix e 80 em processo de adesão. “Os atuais participantes [do Pix] que não sejam autorizados [a operar pelo BC] poderão continuar participando, desde que protocolem pedido de autorização dentro dos prazos estabelecidos na regulação”, esclareceu o Banco.

Além disso, até o fim deste ano, as instituições de pagamento que ainda não fazem parte do Pix e que não se enquadram no critério geral para solicitar autorização de funcionamento pelo BC podem pedir adesão ao o sistema instantâneo de pagamentos. “Ao serem autorizadas, as instituições passam a estar sujeitas, integralmente, à regulação aplicável às instituições de pagamento”, destacou a autarquia.

Para as instituições impactadas pela medida – que já estão no Pix, mas não são reguladas pelo BC – o pedido de autorização deverá ser feito em três períodos, de acordo com o momento em que essas instituições aderiram ao Pix:

– entre novembro deste ano e março de 2025, para as instituições de pagamento que aderiram até dezembro de 2022;

– entre abril de 2025 e dezembro de 2025, para as instituições de pagamento que aderiram entre janeiro de 2023 e junho de 2024;

– entre janeiro de 2026 e dezembro de 2026, para as instituições que aderiram entre julho de 2024 e o final deste ano.

Enquanto a autorização não é concedida, os participantes do Pix com processo de autorização em curso, bem como aqueles que ainda não tenham alcançado o período para apresentar o pedido passam a estar sujeitas às seguintes medidas, a partir de 1° de julho de 2025:

– à regulação contábil e de auditoria, consubstanciada no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (Cosif), inclusive no que se refere à elaboração, à remessa de documentos contábeis para o BC e à divulgação de demonstrações financeiras;

– ao envio de informações relativas a clientes ao Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS);

– ao envio de informações referentes a saldos contábeis diários e a operações de crédito;

– e a partir de 1° de janeiro de 2026, ao requerimento de integralização e manutenção de capital social e de patrimônio líquido não inferior a R$ 5 milhões.

Segundo o BC, essas medidas têm como objetivo compatibilizar os requerimentos regulatórios ao nível de exigência operacional requerido para a oferta de pagamentos instantâneos aos clientes, além de tornar mais efetiva a atividade de supervisão exercida pelo Banco.

Edição: Aécio Amado


Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,53 bilhões de valores a receber


Até setembro, sistema do BC devolveu R$ 8,35 bi esquecidos

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Brasília
Dinheiro
© Marcello Casal JrAgência Brasil
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Até o fim de setembro, os brasileiros não tinham sacado R$ 8,53 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro, divulgou nessa quinta-feira (7) o Banco Central (BC). Segundo a atualização mais recente, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 8,35 bilhões, de um total de R$ 16,88 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

Em 16 de outubro, os recursos esquecidos foram transferidos para o Tesouro Nacional e aguardam a publicação de um edital com as novas regras para o saque. Caso o dinheiro não seja requerido nos próximos 25 anos, será incorporado definitivamente ao patrimônio da União.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Os dados de outubro, último mês antes do repasse do dinheiro ao Tesouro, só serão apresentados em 6 de dezembro.

Em relação ao número de beneficiários, até o fim de setembro, 24.674.462 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 24 milhões, isso representa apenas 35,3% do total de 69.918.333 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que retiraram valores até o fim de setembro, 22.773.593 são pessoas físicas e 1.900.869 são pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.593.288 são pessoas físicas e 3.650.583 são pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,52% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 24,67% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,98% dos clientes. Só 1,83% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em setembro, foram retirados R$ 395 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 255 milhões.

O aumento ocorreu após a aprovação da lei que estabeleceu a transferência dos valores esquecidos para o Tesouro Nacional para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027. Os cerca de R$ 8,5 bilhões comporão os R$ 55 bilhões que entrarão no caixa do governo para custear a extensão do benefício.

Melhorias

Apesar da suspensão dos saques, o SVR continua a funcionar para consultas. A fase atual do sistema teve expansões importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no Whatsapp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também há uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vidas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pede o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguia ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde setembro, o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não podia ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

Em 2023, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes de 2022. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado: contas-correntes ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos, mesmo com a interrupção dos saques. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer esse tipo de pedido.

Edição: Graça Adjuto


Brasil ampliará produção de pescados em reservatório de hidrelétricas


Ideia é conciliar produção de energia e aquicultura

Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
Brasília
Inauguração da Usina de Belo Monte
© Agência Pará
Versão em áudio

Os reservatórios das usinas hidrelétricas têm potenciais que vão além da geração de energia. Suas barragens podem ser usadas para a produção de pescados e, com isso, gerar empregos e garantir mais proteína na mesa dos brasileiros.

Partindo dessa premissa, e com o objetivo de discutir o aproveitamento estratégico desses reservatórios, iniciou nesta quarta-feira (6) o workshop Desenvolvimento da Aquicultura em Sinergia com o Setor Elétrico, evento que é fruto da parceria de dois ministérios: Minas e Energia e Pesca e Aquicultura.

Brasília (DF), 06/11/2024 - O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante cerimônia de assinatura do Pacto Nacional para o Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e Energia em Reservatórios. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF), 06/11/2024 – O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante cerimônia de assinatura do Pacto Nacional para o Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e Energia em Reservatórios. Foto: José Cruz/Agência Brasil – José Cruz/Agência Brasil

A ideia é conciliar produção de energia e desenvolvimento da aquicultura sustentável, com foco em três pilares: segurança energética, aumento da produção de pescado e geração de empregos. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a expectativa é a de utilizar 74 reservatórios.

Combate à fome

“Vamos aumentar a produção de alimento nos reservatórios das nossas hidrelétricas. Trata-se de uma verdadeira transição energética feita de forma justa e inclusiva. É mais um resultado da aliança global de combate à fome que tanto fortalecemos no G-20 [grupo formado pelas 20 maiores economias do planeta]”, disse Silveira, durante a abertura do workshop que reunirá especialistas de instituições públicas, do setor aquícola e do setor energético.

Na avaliação do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, à iniciativa – que tem por base as diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e Pesca, da Política Nacional de Energia Elétrica e do Plano de Recuperação de Reservatórios de Regularização do País – atende uma das prioridades do governo Lula, que é o combate à fome.

“Se há um setor da proteína animal que não para de crescer com resultados impressionantes é o da aquicultura. E, de forma especial, a piscicultura. Nesse conjunto, a estrela central; a joia da coroa é a tilápia brasileira”, disse André de Paula ao lembrar que há, também, grande potencial para a produção de pescados na costa brasileira, com mais de 8 mil quilômetros.

O acordo técnico assinado pelos dois ministérios resultará em “peixinho frito, moqueca, caldeirada e peixe assado na mesa da nossa gente”, ressaltou Alexandre Silveira.

Entre os temas abordados durante o workshop estão: aquicultura em águas da União; licenciamento ambiental da aquicultura e utilização das áreas de preservação permanente em reservatórios; e a interação entre a operação dos reservatórios e a atividade pesqueira.

Edição: Aécio Amado


Criptomoedas movimentam mais de R$ 200 bi no Brasil em 2024; há expectativa por maior regulação do setor


Por Matheus dos Santos | Folhapress

 

Foto: Michael Wensch/Domínio Público

Na última semana (29), o Bitcoin atingiu um recorde histórico em reais, alcançando os R$ 400 mil. A valorização foi motivada pela eleição norte-americana –e pela possibilidade de uma vitória de Donald Trump, visto como mais pró-cripto pelo setor. O investimento, contudo, não é para todos e é indicado para aqueles com maior tolerância à volatilidade do mercado.
Criada em 2009, o Bitcoin é a criptomoeda mais popular do mercado de ativos. Segundo a plataforma de dados CoinMarketCap, ela ocupa 59% da capitalização do mercado de criptomoedas. A métrica considera o preço atual e a circulação do ativo no mundo.

Segundo dados da Receita Federal, divulgados em outubro, o mercado de criptomoedas movimentou R$ 248 bilhões no Brasil entre janeiro e setembro deste ano.
O Tether USDT e a USD Coin, criptomoedas indexadas ao dólar, e o Bitcoin (BTC), ativo mais popular do setor, foram os mais negociados do período. As criptos movimentaram R$ 153,7 bilhões, R$ 9,9 bilhões e R$ 35 bilhões no país, respectivamente

Os números podem ser mais altos, porque pessoas com menos de R$ 5.000 em criptos, segundo a legislação, não são obrigadas a informá-las ao órgão.

Hoje, existem mais de 9.000 criptomoedas em circulação no mundo. Em seguida ao Bitcoin, de acordo com informações da CoinMarketCap, a segunda moeda com maior circulação é a Ethereum, que representa 13% do mercado. Binance Coin (BNB), Tether, Solana, entre outras, somam, juntas, 28% do mercado.
Especialistas do setor afirmam que não há um perfil específico de investidor para o qual as criptos são recomendadas. Eles identificam uma mudança nos últimos anos.

“No passado, era algo que despertava interesse de quem estava ligado à tecnologia. Hoje, é encarado como um ativo que pode compor uma carteira diversificada. É um debate sobre ‘o quanto’ alocar e não ‘se’. Pode-se começar com 3% e evoluir para 10%, por exemplo, pensando no horizonte de longo prazo”, diz Fabricio Tota, diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin.
Para Juliana Inhasz, professora de economia do Insper, a pessoa que quer investir em cripto precisa ter uma maior aceitação à renda variável. Aplicar em ETFs (fundos negociados em Bolsa) pode ser uma opção mais aceitável a esse público, afirma.

“A grande vantagem dos ETFs é comprar uma cesta de moedas. Você não precisa apostar em um só produto. Isso permite equilibrar os impactos de uma aplicação com os ganhos de outra”, diz.
Ela, contudo, destaca que o investimento exige um cuidado com o gestor do fundo. “Um profissional com conhecimento do mercado confere um retorno esperado maior e evita problemas.”

Especialistas também recomendam que o investidor fique atento ao momento e às condições macroeconômicas antes de investir. As eleições americanas foram um dos fatores para a alta do BTC nesta semana que, segundo dados do Mercado Bitcoin, tem rentabilidade de 144% nos últimos 12 meses.
Segundo Cristiano Corrêa, professor de finanças e mercado financeiro do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), um bom caminho para a renda variável é explorar a entrada e saída de um investimento. “O papel tem um ciclo, e as pessoas costumam investir quando o preço da aplicação começa a subir ou já está mais caro”.
Para Bárbara Espir, CEO da Bitso Brasil, uma fintech de cripto, há semelhança com o mercado de ações. “Entra na máxima histórica e todos falam ‘preciso comprar, pode ser que suba mais’.” Ela alerta para o risco da volatilidade: “Uma ação que custa R$ 35 pode voltar a custar R$ 10”.
Para se resguardar, o investidor deve pesquisar sobre o setor e ter responsabilidade. “A dica é começar devagar, entender a operação em cripto e pesquisar a empresa de onde você está comprando. O dinheiro alocado é aquele que não se precisa no curto prazo. Não se investe o dinheiro do aluguel”, diz.
Corrêa, do Ibmec, também recomenda atenção a ganhos irreais e promessas. “Desconfie se o ganho for muito grande e garantido. Como não se tem controle do mercado, não se pode garantir nada”, afirma.
REGULAMENTAÇÃO AINDA É AGUARDADA
Entre profissionais e estudiosos do setor, é consenso que há espaço para uma maior regulação das criptomoedas no Brasil, que pode trazer mais estabilidade e organização ao setor. Segundo o decreto 11.563, de junho de 2023, a competência para regular a prestação de serviços de ativos virtuais é do Banco Central.
“As consultas públicas que o BC planeja conduzir como parte do processo regulatório, bem como as decisões tomadas pelo órgão, serão essenciais para compreender as medidas que serão adotadas e limitar os riscos associados a sistemas sem governança centralizada, disse Marcelo Cárgano, advogado da Abe Advogados e especializado em regulação e proteção de dados pessoais e privacidade, à Folha de S.Paulo em janeiro deste ano.
Segundo a instituição, a regulação dos prestadores de serviço e cambial das criptomoedas está na agenda de 2024. Empresas do setor informaram à Folha de S.Paulo que tinham expectativa por novidades em outubro, o que não ocorreu.
Em 2022, a Câmara aprovou o Marco Legal dos Criptoativos, que define os princípios gerais do setor. A lei exige que as empresas que operam no mercado de criptoativos tenham sede no Brasil.
O marco regulatório também prevê punições em diferentes esferas, incluindo a criminal. O Código Penal considera fraudes com utilização de ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros como um caso de estelionato, com pena de quatro a oito anos de prisão, além de multa.

 


INSS paga 13º em novembro para novos beneficiários


Por Cristiane Gercina | Folhapress

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Aposentados e pensionistas que conquistaram o benefício previdenciário a partir de junho deste ano vão receber o 13º do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em parcela única, em novembro. O pagamento será feito conforme o calendário habitual de benefícios, a partir de 25 de novembro.
Recebe primeiro quem tem direito a um salário mínimo, hoje em R$ 1.412. Depois, a partir de 2 de novembro, é depositada gratificação natalina para quem tem direito a valor maior. Os depósitos terminam em 6 de dezembro.
Serão feitos 1,7 milhão de pagamentos para mais de 1 milhão de beneficiários, totalizando R$ 1,3 bilhão. Há cidadãos que recebem mais de um benefício e, portanto, têm direito a mais de um 13º.
O 13º do INSS foi pago a mais de 33 milhões de beneficiários em abril e maio deste ano, de forma antecipada, como vem ocorrendo desde 2020, início da pandemia de Covid-19.
Tem direito à gratificação quem recebe aposentadoria, pensão e benefícios por incapacidade como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e auxílio-acidente.
No caso do auxílio-doença e do auxílio-acidente, que são temporários, o pagamento é feito de forma proporcional, conforme o número de meses do benefício até a data de depósito da gratificação natalina.
Segundo a advogada Adriane Bramante, neste casos, se ficar algum valor pendente, ele é quitado ao final do pagamento da renda. Benefícios como BPC (Benefício de Prestação Continuada) e RMV (Renda Mensal Vitalícia) não têm direito.
Receberá o 13º do INSS em novembro quem se aposentou ou passou a ganhar um benefício previdenciário entre os meses de junho e outubro. A parcela será paga de uma única vez, na competência de novembro, entre os dias 25 de novembro e 6 de dezembro.
Haverá o desconto do Imposto de Renda a quem se enquadra nas regras para pagar o tributo. Por lei do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quem ganha até dois salários mínimos está isento do IR. Benefícios por doenças graves, que dão isenção, também não pagam imposto.
Aposentados e pensionistas a partir de 65 anos têm direito a uma cota exta de isenção do Imposto de Renda a partir do mês em que fazem aniversário. Com isso, pagam menos IR que os demais ou não terão a cobrança do tributo.
Segundo o INSS, foi pago 13º a 33,7 milhões de segurados em abril e maio, totalizando, 70 milhões de pagamentos, que somaram R$ 102 bilhões.
Adriane Bramante afirma que a antecipação do benefício sempre foi uma reivindicação dos aposentados e vê como positiva a liberação dos valores, especialmente para sanar dificuldades financeiras.
“Acho importante porque foram pagos em momentos de emergência, quando tivemos a pandemia, ou nas enchentes do Rio Grande do Sul. As antecipações ajudam a evitar que o beneficiário contrate consignado ou caia nas mãos de agiotas desnecessariamente.”
Os aposentados são favoráveis à antecipação, mas defendem o pagamento de um 14º benefício, porque, segundo alegam, ao receber no primeiro semestre, ficam sem renda extra no segundo semestre, justamente quando é celebrado o Natal e o Ano-novo.
Projeto propondo um 14º do INSS foi apresentado na Câmara dos Deputados em 2020, pelo deputado Pompeu de Mato (PDT-RS), e no Senado em 2021, pelo senador Paulo Paim (PT-RS), após iniciativa de um advogado de São Paulo que recolheu mais de 43 mil assinaturas em favor da medida.
Os projetos não prosperaram e não devem mais tramitar. O da Câmara ficou parado em comissão especial e o do Senado teve a tramitação prejudicada.
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VEJA O CALENDÁRIO DO 13º DO INSS PARA QUEM RECEBE EM NOVEMBRO
Para benefícios no valor do salário mínimo

Final do benefício – Data do depósito
1 – 25.nov.
2 – 26.nov.
3 – 27.nov.
4 – 28.nov.
5 – 29.nov.
6 – 2.dez.
7 – 3.dez.
8 – 4.dez.
9 – 5.dez.
10 – 6.dez.
 

Para quem recebe mais do que o salário mínimo
Final do benefício – Data do depósito
1 e 6 – 2.dez.
2 e 7 – 3.dez.
3 e 8 – 4.dez.
4 e 9 – 5.dez.
5 e 0 – 6.dez.