Prefeito de Seabra é acusado de usar cores da campanha na gestão


Denúncia aponta uso da máquina pública para autopromoção de Neto da Pousada (PCdoB)

Neto da Pousada (PCdoB), prefeito de Seabra
Neto da Pousada (PCdoB), prefeito de Seabra – 
O prefeito de Seabra, Chapada Diamantina, Joaquim Inacio De Souza Neto, conhecido como Neto da Pousada (PCdoB), foi denunciado por suposta promoção pessoal com uso das cores e do slogan da campanha eleitoral de 2024 em espaços e materiais da administração municipal.

A denúncia, a qual foi apresentada pela empresa ‘José Carlos de Oliveira Sales e Silva-ME’, aponta que o gestor tem transformado a cidade em uma “vitrine” do partido, o que remete diretamente ao uso das cores e slogans em bens públicos.

As cores vermelho e amarelo, associadas ao gestor e ao partido, estariam sendo utilizadas em prédios públicos, ambulâncias, uniformes, placas de eventos e nas redes sociais oficiais da Prefeitura.

Diante dos indícios, foi determinada medida cautelar obrigando o gestor municipal a suspender imediatamente o uso das cores e símbolos ligados à campanha e ao PCdoB em materiais oficiais, além de impedir novas despesas relacionadas a esse tipo de divulgação até o julgamento final do caso.

O que diz a Constituição

A Constituição Federal proíbe que a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos contenha nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. A publicidade deve ter caráter educativo, informativo ou de orientação social.

As imagens anexadas ao processo mostram o mesmo padrão visual em diversas estruturas e ações municipais — de escolas a eventos esportivos — o que caracterizaria tentativa de vincular a imagem política do prefeito às realizações administrativas.

A denúncia geralmente se enquadra na esfera do Direito Eleitoral e da Improbidade Administrativa, pois o uso de cores, slogans ou símbolos pessoais em bens e serviços públicos pode configurar violação ao princípio da impessoalidade.

Decisão

Após a análise das provas e da defesa, os órgãos competentes decidirão se houve ou não a violação da lei. As penalidades podem variar desde multa até a cassação do mandato, dependendo da gravidade e da instância em que o processo tramitar.

A reportagem entrou em contato com os telefones da gestão municipal e as ligações não obtiveram sucesso.

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