Processo investiga a participação de influenciadores digitais e policiais militares. | Reprodução / Instagram
Por: Claudia Cardozo e Adelia Felix
Uma audiência de instrução crucial no âmbito da Operação Falsas Promessas, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e rifas ilegais na Bahia, acontece nesta quarta-feira (16). O processo envolve 27 réus, sendo que alguns estão presos e outros monitorados, com alguns em Salvador e outros em Goiás. Cerca de 74 pessoas foram arroladas como testemunhas, e, até o momento, 19 já compareceram. Faltam ainda duas testemunhas de acusação, enquanto há muitas testemunhas de defesa.
O juiz Waldir Viana, responsável pela audiência na Vara de Organização Criminosa, ouvirá os depoimentos das testemunhas, o que poderá trazer novos esclarecimentos sobre o funcionamento do esquema criminoso e contribuir para o avanço das investigações. O caso envolve influenciadores digitais e policiais militares, que participaram de uma rede criminosa que movimentou aproximadamente R$ 680 milhões.
Na oportunidade, o objetivo é esclarecer as evidências já reunidas, garantir que as provas sejam devidamente analisadas e assegurar que os responsáveis por esses crimes sejam devidamente ouvidos e responsabilizados.
As investigações, que tiveram início em 2022, revelaram uma rede criminosa responsável por movimentar milhões de reais por meio de empresas de fachada, como Sheep Store e Angelos Pizza, e práticas fraudulentas. Essas empresas eram usadas para disfarçar o tráfico de drogas e lavar dinheiro proveniente de atividades ilícitas.
Operação Falsas Promessas
A Operação Falsas Promessas é uma ação da Polícia Civil, juntamente com o Ministério Público da Bahia (MP-BA) que desmantelou um esquema de lavagem de dinheiro e rifas ilegais no estado.
Influenciadores digitais, policiais militares e outras pessoas estão envolvidos em um esquema que movimentou cerca de R$ 680 milhões por meio de rifas fraudulentas em Salvador, Região Metropolitana, Vera Cruz, São Felipe, Juazeiro e Nazaré.
Eles usavam redes sociais para promover rifas de alto valor, mas os resultados eram manipulados para beneficiar membros da organização criminosa. Além disso, empresas de fachada e “laranjas” eram usados para ocultar a origem dos valores ilícitos.
A segunda fase da operação resultou na prisão de 24 pessoas, incluindo influenciadores conhecidos como Franklin Reis, Ramhon Dias e Nanam Premiações.
Entre os presos também estão nove policiais militares, como Lázaro Alexandre Pereira de Andrade (conhecido como Alexandre Tchaca), bastante famoso nas redes sociais. Um décimo envolvido seria um sargento da reserva que ainda não foi localizado pela polícia.
Foram apreendidos veículos de luxo, relógios, dinheiro em espécie e outros bens. A Justiça também bloqueou milhões em bens e valores relacionados ao esquema.
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