Com quase R$ 15 milhões em dívidas herdadas, autarquia enfrenta crise desde 2016; silêncio do ex-prefeito Paulo Cezar e ausência em CPI podem explicar a situação atual
Por: Redação Fonte: Rodrigo Rattes/Alagonews
“O único que não foi ouvido pela Comissão foi o ex-prefeito Paulo Cezar Simões, a quem a CPI aponta como culpado pela má gestão de todo o período em que foi prefeito (2009–2012 e 2013–2016). Ele foi convidado, alegou problemas de agenda, remarcou uma nova data e, ainda assim, não compareceu”, afirmou o então vereador Jenser Souza, que liderou os trabalhos da comissão.
Já em 2017, no início da gestão de Joaquim Neto (PSD), o então diretor-geral do SAAE, José Gomes, revelou que a nova administração herdou um rombo de mais de R$ 14 milhões deixado pela gestão anterior. A declaração foi dada durante o programa Primeira Mão, no dia 25 de março de 2025.
Neste domingo (27), o atual prefeito Gustavo Carmo (PSD) conversou com a redação do site Alagonews sobre o crescimento da dívida ao longo dos anos. Segundo ele, a situação financeira do SAAE já era delicada desde a gestão anterior e se agravou com a chegada da pandemia.
“Vivíamos um momento muito complicado sob o ponto de vista financeiro. A conta não fechava em muitos pontos. Nosso maior desafio era manter o fornecimento de água à população e, ao mesmo tempo, melhorar os serviços prestados”, explicou o prefeito. “E para complicar ainda mais, veio a pandemia, que derrubou drasticamente as receitas.”
Gustavo também ressaltou a queda na capacidade de investimento da autarquia: “Em 2008, o SAAE tinha capacidade de investimento em torno de 25% do seu faturamento, e hoje essa capacidade é negativa.”
Questionado sobre a possibilidade de uma nova CPI para apurar a situação do SAAE, Gustavo Carmo foi direto: “Já houve uma CPI e tudo foi apurado de forma assertiva. O ex-prefeito Paulo Cezar se limitou a entregar um calhamaço com 80 páginas e se ausentou quando convocado”, concluiu o prefeito.
Rodrigo Rattes/Alagonews
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